Olá para todos! Hoje estou de volta, após um bom tempo ausente, para fazer mais uma postagem de resenhas no blog.
O motivo por ter me afastado foi que me acidentei e fiquei sem condições físicas e psicológicas de fazer postagens legais para o nosso espaço, e, assim, resolvi me dar uns dias de descanso. Em breve, entro em mais detalhes a respeito. O importante é que estou me recuperando bem e cada dia me sinto melhor.
Mas, vamos ao que interessa! Como de costume, às segundas-feiras é o dia reservado para postar resenhas aqui no blog para compartilhar com vocês os livros que leio e a minha crítica a respeito dos mesmo. E, a desta semana é Comer Rezar Amar.
Título: Comer Rezar Amar
Autora: Elizabeth Gilbert
Gêneros: Literatura estrangeira, biografia, memórias
Ano: 2006
Total de páginas: 342
Editora: Objetiva
Título original: Eat Pray Love
Tradução: Fernanda Abreu
ISBN: 9788573028300
Comer Rezar Amar é um livro de
memórias em que a autora, jornalista; contista e romancista Elizabeth Gilbert,
ou apenas Liz, na época com 36 anos, embarca sozinha em uma viagem de 1 ano pela
Itália, Índia e Indonésia com o objetivo de fazer uma autorreflexão e descobrir
o que ela quer da vida após passar por dos relacionamentos amorosos
conturbados.
O livro é descrito em 108
relatos, conforme Liz, inspirado no japamala. Se trata de um cordão com
108 contas, usado por hindus e budistas para auxiliar na concentração durante a
repetição do mantra, praticada por Liz.
A jornada da escritora tem
início em Roma, onde se sente uma residente durante os 4 meses de estadia na
cidade. Lá repete o incidente do banheiro de sua casa em NY quando decidiu que
precisava realizar uma séria mudança na sua vida, na ocasião em que rezou a
Deus pela primeira vez na vida e, a partir daí, sentiu o início da
transformação. A viajante acredita que o casamento e a maternidade não foram
feitos para ela, ao contrário de sua mãe e irmã.
“A verdadeira sabedoria
fornece a única resposte possível para determinado instante e, naquela noite,
voltar para cama era a única resposta possível.”
É tocada pelos místicos
transcendentais por exaltarem a experiência de que Deus é um ser supremo, e antes
de rotular as diversas visões sobre Deus, se baseia unicamente em Ele ser um
ser grandioso. Isso graças ao relacionamento denominado ‘amor desesperado’, em
que apesar dos problemas, serviu de ponte para que conhecesse a guru que a
ajudou a encontrar o que busca. E assim decide ir atrás do que crê que a faz
feliz.
Ela já conhece a Indonésia
através de uma viagem de trabalho para a revista em que era funcionária. Na
ocasião, conheceu um xamã que a convida para voltar ao país com a finalidade de
lhe ensinar inglês. E não pensou duas vezes.
Na Itália, aproveita para
realizar passeios diários e assim, explorar a cultura da cidade que considera
monumental e fazer amigos, além de treinar o italiano, uma de suas paixões.
Faz contatos com amigos de
amigos, para não se sentir sozinha mas mesmo assim, a depressão e a solidão
inevitáveis depois de 10 dias no país, o que imaginava ser impossível
acontecer.
Desfruta a comida e a paixão
doentia dos italianos pelo futebol assistindo uma partida entre os dois times
locais, Lazio x Roma, ambos com torcedores fanáticos.
Faz pequena viagem de trem a
Nápoles, em que descobre a paixão pela pizza. E, engorda os 10 quilos mais
felizes da vida.
Mas sente que para conhecer de
fato o país pelo qual tem tanta afeição, precisa visitar a terra da máfia e a
história que criou esse povo.
“Descobri que tudo que eu
queria fazer, na verdade, era comer aquela comida maravilhosa e falar o máximo
possível daquele italiano maravilhoso. Era isso. Assim sendo, escolhi, na
verdade, dois prazeres principais – falar e comer.”
Chega ao ashram na Índia na
véspera da comemoração de ano novo em busca de crescimento espiritual. E um cowboy
texano autoconfiante que conheceu durante uma refeição solitária será de suma
importância nesse momento tão especial da sua vida.
No ashram, localizado em um
vilarejo pobre indiano, se divide entre sua tarefa de limpar o chão do templo e
a prática da meditação, onde encontra a comunhão com o Divino e se sente mais
resistente. E devido esse crescimento espiritual, decide prolongar a sua
estadia no local, dos iniciais 6 semanas para 4 meses, totalidade de sua
hospedagem naquele país.
Aproveita para relaxar e
vivenciar a diferente experiência. Sendo assim, eles algumas vezes por semana
vão juntos a cidade e observam os costumes, homenageiam templos e cumprimentam
moradores locais.
Naquele recanto, encontra a libertação
da culpa que sentia pelo divórcio, sente a obsessão sumir, sem irritações
mesquinhas e antigas infelicidades e é capaz de constatar o corpo muito vivo e mais
saudável.
Mas aquele amor que eu sentia
era puro. Era divino. Olhei em volta para o vale escuro e não consegui ver nada
que não fosse Deus. Sentia-me profunda, incrivelmente feliz. Pensei comigo
mesma: “O que quer que seja este sentimento – é por isso que tenho rezado. E
também é para isso que tenho rezado.”
Na Indonésia, se
aloja em Ubud, cidade nas montanhas, onde se hospeda em um pequeno hotel. Não
fala com o idoso xamã desde o incidente da leitura de mãos e não sabe como encontra-lo
por não ter conhecimento do nome do vilarejo onde o idoso curandeiro mora.
Logo faz amizade com os
residentes. O primeiro é um funcionário de pousada, apaixonado por tudo
relacionado a Itália, quem a leva ao xamã.
Compra bicicleta para se
movimentar melhor pelas ruas de Bali. E durante esse momento pacífico, aproveita
para conhecer as belezas do local.
Dias depois se muda para uma
casinha com jardim e lago em uma rua silenciosa, cercada por arrozais, onde admira
a natureza e os seus sons simbolizados pelos animais locais. Com todo o tempo
livre do mundo, medita pela manhã e pela tarde.
O xamã é sua companhia das
tardes e conta para ele histórias sobre o mundo que ele gosta de ouvir mas não
teve a oportunidade de conhecer.
Faz amizade com o rapaz que
alugou a casa onde está hospedada, um javanês-nova-iorquino de coração de 27
anos que foi extraditado dos EUA após o atentado de 11 de setembro. Com quem
divide o gosto pelos mesmos restaurantes de NY, os mesmos filmes e usam as
mesmas gírias.
O incidente do micro-ônibus
fez com que tornasse possível conhecer Wayan, para quem realizou um ato de altruísmo
e de quem recebeu benefícios impagáveis em troca.
Encontra o amor e se sente
totalmente pronta para ele.
Sabe, é engraçado, mas antes
de conhecer você eu estava seriamente pensando que poderia ficar sozinha para
sempre. Eu pensava que talvez pudesse levar a vida de uma contempladora
espiritual.
Classifiquei o livro que
tornou Elizabeth Gilbert famosa mundialmente como um dos meus favoritos,
daqueles que dá vontade de reler.
De fato, tinha vontade de ler
Comer Rezar Amar há bastante tempo por ter ouvido falar da história e, assim, considera-la
interessante mas, o mesmo estava com vendas esgotadas, o que me fez quase
percorrer uma longa busca para conseguir adquiri-lo.
Assisti o filme em um canal
por assinatura, o que me deixou com mais desejo de ler este livro, até que no
final do ano passado consegui encontra-lo mas como já estava com outra leitura
em curso, resolvi encaixá-lo na minha meta literária de 2015.
Gostei dos relatos feitos pela
autora nos 03 países por ela percorridos, mas o meu favorito foi a Itália, por
ter achado o momento mais divertido.
O foco da obra são as coisas
simples da vida e a prática da meditação transcendental juntamente com seus
benefícios, que a autora considera importante para libertar uma pessoa das tribulações
existentes nas nossas vidas cotidianas e chegar a Deus, do que faz uma prática
diária. Após adquirir domínio sobre os mesmos em sua vida, ela passa a assumir
controle sobre sua mente e vitalidade para o seu corpo e a partir daí encontra
as respostas que procurava e inclusive, o seu caminho na vida.
A obra pode ser considerada
auto-ajuda para quem se considera determinado e se identifica com misticismo e
meditação. É recheada de questionamentos pessoais e soluções para os problemas
que vivia, acompanhados de comentários bem-humorados, prazeres simples, trocas
de aprendizado e lições de vida, além de relatos relacionados a cultura e
comportamento dos residentes dos países que a autora visitou.
Eu gostei bastante de Comer
Rezar Amar por compartilhar ideias e pensamentos, muito semelhantes ao da
autora, o que gerou uma identificação com o texto que li. E, attraversiamo.
Leitura recomendada.
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